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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Uma mulher perfeita entre meus demônios-Capitulo 7

-você é louco?! - disse Ana aparentemente muito brava.
Não respondi.
-Você poderia ter morrido ou se machucado muito por que fez isso?! - os olhos de Ana apresentavam uma mistura de preocupação e raiva por cima daquelas cores claras e escuras que faziam a cor de seu olho uma incógnita,com a mão segurando o ombro eu me levantei.
-Não precisa se preocupar Ana,ja me meti em coisa pior,e parecia que você precisava de ajuda também.
-Eu não precisava de ajuda,estava tudo sob controle Bruno!
-Não, não estava. E mesmo que estivesse eu nunca te deixaria sozinha.
-Qualquer homem com o pingo de noção sobre o real teria corrido daqueles caras! Eles eram fortes e podiam ter te machucado, você não entende o quanto isso perigoso!

Olhei ao redor e aonde deveriam estar os corpos, não havia nada além de uma pequena mancha preta,como se tivessem riscado o chão com carvão.

-Ana...você viu eles fugindo?
-Eles não fugiram.
-O que? Então quer dizer o que? Que eles simplesmente desapareceram e viraram... manchas de carvão?
-Você pode acreditar ou não acreditar, a escolha é sua,mas os caras que estavam aqui agora,não eram pessoas. - o olhar de Ana estava sério e por um segundo, um vazio pairou encima de seus olhos e Ana mordeu o lábio inferior.
-Então o que eram? - Se Ana estava mentindo ou não, o fato era que ela tinha medo de algo e eu me preocupava muito com ela para desmenti-la,além do mais,os homens viraram carvão.
-Eram pesadelos Bruno, isso é uma longa história e esse lugar é perigoso,vamos para minha casa.

Não posso dizer que não fiquei feliz em ser convidado para a casa da Ana, na verdade, eu estava muito feliz.

-Você se machucou? - disse para Ana enquanto olhava para aqueles olhos intensos.
-Não,você chegou antes que eu tivesse chance de arrebentar a cara deles. - Ana olhou para meus olhos também e senti sua mão segurar a minha.
-Ainda bem que esta não se machucou, eu fiquei preocupado,esta tudo bem por enquanto?
-Desde que você não tente se matar assim de novo e fique perto de mim, vai ficar tudo bem sim. - Ana enterrou seu rosto em meu ombro.
-Não pretendo sair de perto de você nem mais um segundo.
-Promete? - disse Ana desenterrando seu rosto de mim e olhando de volta em meus olhos.
-Sim,eu prometo.

Pegamos a rua e andamos na direção que Ana indicara, pelo que ela disse, sua casa não ficara muito longe.
Não me importava aonde iria, ou quando iria, desde que estivesse com Ana.
Mas agora, estava indo conhecer aonde aquele anjo morava.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Uma mulher perfeita entre meus demônios-Capitulo 6

A aula prosseguiu como de costume,
Chata e insuportável, agora por algum motivo estava com dor de cabeça,
Dei uma leve dormida na última aula de química, nada mais do que 2 minutos.
Sonhei com Ana,ela estava correndo e um grupo de homens a seguia,por um segundo ela olhou para mim, mas eu era apenas um espectador em um dos meus sonhos,nada assim havia acontecido antes.
Acordei com o sinal avisando que a aula havia acabado.

No caminho para casa senti um frio na barriga e a adrenalina desceu pelas minhas veias tão rápido que não pude entender o que estava acontecendo,
Apertei o passo para chegar em casa, passei por um beco e senti a presença de algo pastoso, algo ruim...Era como um câncer que andava por entre os homens.

Parei enfrente ao beco apenas para ver, 3 homens,exatamente aos que apareceram no meu sonho na aula,estavam cercando uma mulher,essa mulher era Ana.
Estava com raiva mesmo antes de ter visto o que acontecerá de verdade.
- Sai daqui! Foge daqui Bruno, é perigoso - gritou Ana enquanto tentava agarrar um cano que estava largado do lado de um lixo - Pode deixar que está tudo sob controle.
-Calada! - gritou um dos homens - Alexandre, vá e pegue o japonês. - este,aparentemente era o lider.

Um dos homens,veio encima de mim, tive tempo de reagir, peguei seu braço e dobrei contra as juntas,derrubando ele no chão e puxando até sentir quebrar.
O segundo homem se assustou por um segundo,mas pulou encima de mim me derrubando no chão, consegui soltar um dos braços e soquei sua garganta,este engasgou o homem que se contraia no chão enquanto eu me levantava.

-Ana, de um passo para traz, eu resolvo o caso com o último idiota aí. - disse enquanto apontava para o último homem em pé.
-Esta bem. - disse Ana com olhos assustados,olhos que eu não gostaria de ver nunca mais.
-Quem o idiota pensa que é para bater em meus homens desse jeito?! Vou te matar garoto. -disse o pobre e desesperado homem, enquanto tirava do cinto uma faca.
-Isso vai acabar rápido.

domingo, 27 de setembro de 2015

Uma mulher perfeita entre meus demônios-Capitulo 5

 Acordei suado as 6:00 da manha,

"Que droga esses sonhos significam?"
Me pergunto isso todos os dias quando acordo,mas isso não importa mais,a aula começa as 7:00 da manhã.
 Me levanto e ando até o banheiro, entro no chuveiro e deixo a água gelada bater nos músculos das costas.
 Os únicos pensamentos hoje são diretamente ligados a uma pessoa:
"Sera que verei Ana hoje?"

Cheguei na escola,cruzei a entrada e subi as escadas até chegar no corredor das salas.
A cada passo,cada pessoa,cada olhar estava diretamente focando meu rosto,
Gostaria de saber o que pensavam.

Quando ao meu ver,o meu mundo escureceu...Um anjo surgiu ao meu lado e se agarrou ao meu braço,era linda,era Ana.

-Bom dia senhor,como vai você neste ótimo dia?
-Olá moça,eu estou ótimo,mas e você? tem faltado ultimamente.
-Eu sei eu sei - Ela riu e olhou para baixo -Eu estive ocupada com algumas coisas de família,peço desculpas por te deixar sozinho novato.
-Não tem problema,eu só fiquei preocupado com você.
-Que fofo hein,sabia que no pouco tempo que esta aqui metade da escola ja tem medo de você?
-Jura? por que diz isso?
-Conheço muitas pessoas,acredite, se quiser que isso mude acho melhor não olhar para todos com essa cara de quem vai matar alguém.
-Isso é interessante de saber, vou pensar melhor no assu...
-Opa! é o sinal, vamos conversar mais no intervalo,boa aula Bruno.
-Ah sim sim, vamos, boa aula Ana.

Falar com a Ana parece fechar minhas feridas, faz eu me sentir vivo.

As aulas então se seguiram, foram como as idiotices de sempre, nada de novo, apenas pessoas sendo superficiais e ridículas.
Jonathan estava conversando com Luana,ninguém estava prestando atenção naquela aula e eu só pensava na Ana e em como estava com fome.

O sinal tocou como de costume.

Todos saíram das salas e eu fiquei no corredor esperando Ana passar.
Mas ela não passou.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Uma mulher perfeita entre meus demônios-Capitulo 4

Capítulo 4-Casa
-Bruno acorde; disse uma voz familiar e agradável, meu tio.
-Se não acordar vai perder o jantar garoto.
-Já estou levantando tio, pode ir indo; disse enquanto me levantava da cama.
Ele então saiu do quarto e fechou a porta sem cerimônia 

-Foi apenas um pesadelo, um maldito pesadelo.
Levantei e me olhei no espelho, apenas para me certificar que estava acordado.
Fui até o banheiro e liguei o chuveiro, tirei as roupas e entrei na água gelada que em segundos se tornou quente, deixei a aguá bater nas costas para acordar os músculos.

-Esses malditos pesadelos...
Falei enquanto olhava para meu shampoo.

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A mesa estava realmente bonita, como de costume, minha avó era muito boa na cozinha, por mais que se negasse a dizer que gostava do habito.
 Um grande prato com macarrão ocupava o centro da mesa, cercado com potes de vários tipos de molhos e um prato com pão cortado em rodelas.
Não tinha percebido ainda, mas estava com fome. Me sentei na mesa.

-Como foi a aula hoje Bruno?; disse meu tio enquanto colocava macarrão no seu prato e um pouco de molho vermelho.
-Foi bom tio,obrigado; disse da forma mais agradável que conhecia enquanto colocava macarrão no meu prato e um pouco de molho branco.
-Você ficou isolado o dia inteiro de novo,não foi? Disse para você tentar arranjar novos amigos Bruno.
-Eu até tentei...mas não me agrada ter muitas pessoas me cercando, me faz me sentir dependente e indefeso.
-Ja pensou que pode estar vendo as coisas pelo lado errado?
-Como assim?
-Talvez não seja você que precisa deles, mas eles com certeza precisam de alguém como você Bruno, um dia talvez entenda o seu lugar.
-Isso é uma ideia ridícula tio, com todo o respeito, prefiro ficar sozinho.

Continuamos a comer sem mais palavras, sem mais conversas. Assim que acabei levei os pratos na pia.

-Pode deixar que eu lavo hoje Bruno, teve um dia cheio, vai descansar. ; Disse meu tio ainda na mesa pegando mais uma porção de molho para seu prato de massa.
-Obrigado Tio, estou indo para meu quarto, boa noite.
-Boa noite Bruno.
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Entrei no quarto e deitei na cama, fiquei olhando para o teto por alguns minutos.
-Ana... será que ela também acha que sou único? é uma ideia ridícula. É um erro eu me aproximar, vou machucar ela se acontecer de ficarmos íntimos.

Ainda assim, existia algo em Ana que muito me chamava a atenção:
Seus olhos,
Sua boca,
Seu corpo...
O fato de que eu sabia que ela de alguma forma, iria me entender,me ajudar. Talvez fosse mentira, mas era algo que eu me arriscaria para descobrir.
Arriscaria minha vida, mas nunca à dela.

Por fim de minutos pensando resolvi dormir novamente.

 Sonhei que andava por uma floresta imensa, com arvores gigantes. Haviam lobos chorando escondidos por todos os lados, eu podia ouvir eles, podia sentir sua dor.
 Andei pela floresta atrás de algum lobo para ajudar, mas nada. Nenhum.
Uma garota apareceu então, ela sorria, um sorriso tão falso que eu podia ver toda sua tristeza por trás daqueles olhos. Ela simplesmente caiu no chão depois de alguns segundos em que olhei para ela.
De onde ela caiu chamas se soltaram como cobras furiosas, queimava toda a floresta e o choro dos lobos aumentavam conforme as chamas iam devorando toda a vida que existia dentro daqueles campos.
 Corri, fugindo das chamas, mas eram rapidas, passaram por meus pés e me queimaram, o fogo subiu pelas minhas pernas e então correu para meu peito.
 Senti arder e queimar.
 Senti derreter.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Uma mulher perfeita entre meus demônios-Capitulo 3

Capítulo 3-Pesadelos
As aulas não tiveram nada de interessante, porém percebi que nada mais no mundo seria interessante depois de ter visto os olhos de Ana.
Aqueles olhos, preenchidos da mais profunda pureza e paz...

Passei a aula inteira pensando no que falar quando à visse novamente.
Por incrível que pareça a aula passou muito rápido e logo o sinal bateu anunciando que teríamos um intervalo de 15 minutos para conversar, comer ou no meu caso, ficar sozinho.
Mas não dessa vez.
Sai da sala assim que me dei conta que poderia ver Ana andando pelo pátio da escola.

Andei por todo o pátio, procurei em todos os cantos que eu achava que ela poderia estar, mas nada.
Não conhecia nenhuma amiga dela, fui até a sua sala, mas não ninguém estava lá.
Não vi Ana no intervalo.
A idéia de não ve-la me incomodou um pouco,
Mas não significava que nunca mais veria ela.
Tivemos mais 3 aulas, duas de matemática e a última de filosofia e então a aula acabou.

Fui andando até a minha nova moradia, aonde morava apenas minha avó, meu tio e eu.
A casa nova não era pequena, e talvez eu pudesse chamar aquele lugar de lar um dia.
Assim que cheguei cumprimentei minha avó que perguntou como havia sido meu dia.

Minha avó era muito simpática, por mais que sempre parecesse que escondia algo de todos, como um passado sombrio, mesmo assim ela era quem sempre me incentivava a tentar achar amigos novos, na opinião dela, um garoto de 16 anos deveria ter no minimo um amigo que não fosse seu tio.

Meu tio era outra historia, sem a presença de um pai meu tio assumiu muito bem o cargo.
Era o único motivo dele ainda morar comigo e minha avó,afinal meu tio ja foi casado e ainda tem 2 filhos que estão morando em Osaka agora.
Sempre me senti bem conversando com meu tio, e devo meu lado bom á ele.

Meu tio ainda estava trabalhando, então apenas disse que meu dia tinha sido bom para minha avó e tomei rumo até o ultimo quarto do corredor, o meu quarto.
Joguei minha mochila no pé da cama, tirei a camiseta e me deitei na cama.
O rosto de Ana me veio a cabeça e a vontade de te-la por perto aumentou,
Fechei meu olhos por alguns segundos com aqueles belos pensamentos em mente...
Ana conversando comigo, era exatamente o mesmo dialogo de hoje de manhã.
Poucos momentos podem ser considerados perfeitos, acredito eu que aquele momento e muitos outros que gostaria de ter ao lado de Ana, seriam igualmente perfeitos.

Não consegui abrir os olhos,
Ainda estava pensando em Ana.

Acabei pegando no sono.
O sinal tocava e Ana se levantava:
-Você prometeu que não iriamos perder a terceira aula.
-Esta certa, vamos para a aula então.

Ana foi correndo na frente.

Porem eu não conseguia andar, estava paralisado dentro daquele momento.
Estava olhando para Ana que corria para sua sala,
Minha visão começou a oscilar entre minha lembrança real e a escola e tudo ao meu redor em chamas, e então percebi que Ana não corria para sua sala, apenas corria de mim.
Ela estava machucada e tudo que me cercava estava destruído, pessoas mortas cobriam o chão da escola.
-Ana! volte! - gritei o mais alto que podia.
Mas ela não parecia ouvir, ela continuava correndo em direção a uma porta, que era a porta de sua sala, porem agora a porta era negra com um grande 1 marcado em sangue no meio da porta.
Ana continua correndo, abre a porta e entra.
Tudo se torna uma gigante escuridão,
Não vejo mais nada.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Uma mulher perfeita entre meus demônios-Capitulo 2

Capitulo 2- Quem é você?

Andei rápido, quase correndo para atravessar o corredor.
-Eu não conheço bem essa escola, você vai ter que me guiar - O que era verdade,era meu primeiro dia de aula naquela escola.
-Esta bem, vamos para o pátio esperar o sinal bater e não podemos perder a terceira aula, ok?
-Pode deixar. - Eu tinha a sensação que concordaria com qualquer coisa que ela me pedisse, até mesmo me jogaria de cima de um prédio, se isso fosse fazê-la sorrir.
Descemos as escadas juntos conversando sobre muitas coisas, andamos pelo pátio até resolvermos sentar em um canto para continuar conversando.

-Então, me diga mais sobre você Ana.
Disse com um tom curioso na voz.
-Curioso você hein garoto, vejamos...
Ela olhou para cima de um jeito pensativo.
-Meu nome completo é Ana R. Bellew, estou cursando o terceiro ano do ensino médio...
Continuou o gesto pensando mais.
-Interessante, e o que mais? perguntei, pela primeira vez na vida, eu realmente queria saber mais sobre alguém.
-E...se você quiser saber mais é bom que venha falar comigo mais vezes, só assim vai saber mais, e que tal você me falar um pouco sobre você ? - Disse ela com voz fingida de misteriosa, o que pareceu muito engraçado.
-Esta bem, venho falar com você sempre então - Ri e sorri para aqueles lindos olhos.
-Vejamos...
Copiei o gesto de Ana, olhei para cima pensativo.
-Meu nome completo é Bruno Yuske Inoue e eu estou cursando o 2 ano do ensino médio.

Ela era simplesmente a pessoa mais incrível do universo, de alguma forma ela tirou o frio que congelava meu coração apenas com poucas frases e alguns olhares...
Ela era amigável e fofa ao mesmo tempo, e logo eu que gostava de me manter afastado de todas as pessoas, só queria ficar do lado dela.
-Você tem um sorriso lindo, você sempre sorri desse jeito? - Perguntei para ela enquanto tentava desviar os olhos, não estava funcionando.
Ela riu antes de responder qualquer coisa;
-Não é um sorriso bonito, mas obrigada. - Sua pele branca estava levemente vermelha agora.
-Eu acho um belo sorriso,me desculpe se parece que estou dando encima de você mas eu apenas acho que coisas belas devem ser ressaltadas. - Sorri levemente e tentei desviar os olhos.
-Você é engraçado japa. - disse ela em um tom divertido e sorrindo.

O barulhento sinal da escola tocou, anunciando que era o inicio da terceira aula e interrompendo nossa conversa.

-Você prometeu que não iriamos perder a terceira aula. - Disse Ana levantando.
-Esta certa, vamos para a aula então.

Ana foi correndo na frente e eu fui andando para a sala.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Uma mulher perfeita entre meus demônios-Capitulo 1

"E então ela me chamou...sem usar palavras ou gritar.
  Apenas com um doce,lindo e hipnótico olhar"


Novo por aqui-
Era meu primeiro dia de aula na escola nova,
entrei na sala de aula onde as pessoas conversavam entre si, todos aparentemente já se conheciam, talvez por terem cursado o ano anterior juntos, e isso apenas dificultava mais para mim.

Mas eu não me importei muito, solidão era completamente normal para mim, na ultima escola eu também não tinha muitos amigos, então não fazia diferença ter amigos ou não.
Eu me virava muito bem sozinho.
Sentei na segunda cadeira ao lado da janela e tirei os cadernos de dentro da mochila, colocando-os encima da mesa.
As pessoas ali não pareciam pertencer a essa sala, muitos já deveriam estar na faculdade ou estar terminando o ensino médio.

A mulher atrás de mim me cutucou e perguntou se era mesmo a sala do segundo ano do ensino médio, com uma curta resposta eu disse que sim.
Ela pareceu surpresa com a minha confirmação, mas logo em seguida se apresentou:
-Meu nome é Luana, e o seu ?
Minha resposta foi novamente curta:
-Bruno.
Frio e seco como sempre Bruno Yuske, pensei na hora que terminei a frase.
Virei novamente para frente.
Não demorou muito e o professor entrou na sala, era um daqueles professores amigáveis:
-Bom dia classe, esse ano eu serei o seu professor de geografia, me chamem de Geovane ou professor, vejo que tem alguns alunos novos na sala, vou passar por vocês e quero que digam seus nomes.
Começou pelo cara que estava na minha frente, ele respondeu de nenhum jeito fora do normal mas simpático, seu nome era Jonathan.
Em seguida foi minha vez de dizer meu nome.

Ele demorou uns segundos olhando para mim até passar para Luana que estava atrás de mim.
Foi passando por todos os novos alunos até que todos estavam apresentados.
-Muito bem classe, o numero de alunos novos em relação ao ano passado dobrou, espero que se deem bem nesta escola e sejam bem vindos, para que se acostumem mais rapidamente eu elaborei um trabalho que vocês farão em duplas, quero um aluno "velho" com um novato.

Aquilo seria mais uma tarefa inútil, estava convencido que iria fazer sozinho quando Jonathan se virou e perguntou se poderia ser minha dupla.
-O professor pediu para que fizéssemos duplas com alunos da casa, porem todos já tem suas duplas e muitos alunos novos estão com alunos novos também, então não tem problema.
-Obrigado; Disse Jonathan virando sua carteira para trás.

Jonathan era loiro com olhos claros, ele era o exemplo perfeito de quem deveria estar na faculdade e não no segundo ano do ensino médio.

-Todos com suas duplas ? - Disse em voz alta o professor.
Ele não teve uma resposta, mas deu de ombros fingindo ter recebido muitas respostas.
-Quero que escrevam um texto sobre vocês e vejam o que tem de semelhante com sua dupla, escrevam no caderno, no final da aula me entreguem.

Jonathan começou a fazer o dele e eu não, aquilo era ridículo e não me importava nem um pouco.
Os minutos passaram devagar até o termino da aula, que foi anunciado por um sinal irritante.

-Vou beber água, eu volto antes da 2 aula começar - disse para minha dupla de estudos, como se aquilo importasse.

Sai da sala e andei até o final do corredor, eu estava distraído olhando para baixo e o corredor era lotado de portas, algumas salas nem eram usadas pelo que parecia.
Apertei o passo pois vi o professor chegando na sala e não queria perder aula no meu primeiro dia de aula.
Interrompi o caminho de uma mulher quando colidi com ela acidentalmente e fiz seus cadernos caírem no chão.

Me abaixei para pegar os cadernos enquanto pedia desculpas e perguntava se tinha machucado ela.
-Eu estou bem, obrigada - Disse ela, sua voz era doce e levemente animada.

Subi os olhos para ver seu rosto e meu coração acelerou quando vi que ela era linda, sua boca era em um formato levemente arqueado para cima e ela estava sorrindo, seu sorriso era lindo e destacava seus olhos nem tão claros, nem tão escuros, eram incríveis,
Ela não estava apenas sorrindo, ela estava rindo.
-Não te machuquei ? tem certeza ?
-Sim eu tenho, não se preocupe.

 As portas dos corredores se fecharam em uma batida unica.
-"Portas fechadas nenhum aluno entra"perdemos a segunda aula, e ah, meu nome é Ana, obrigada por me fazer perder a aula de filosofia - o tom de sua voz era engraçado e ela tentava fazer cara de brava
-Me desculpe por isso, então acho que o minimo que posso fazer é te fazer companhia Ana, meu nome é Bruno, muito prazer - por algum motivo as palavras não estavam saindo frias, havia algo diferente nela.

-Claro que você vai ter que me fazer companhia, mas não podemos ficar nos corredores.
Ela saiu andando pelo corredor e eu estava completamente travado.
Quando chegou no final do corredor ela se virou e me olhou
E então ela me chamou...sem usar palavras ou gritar,Apenas com um doce,lindo e hipnótico olhar.
E eu não queria fazer mais nada no mundo além de ir atrás dela.