Mostrando postagens com marcador O grande escritor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador O grande escritor. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 1 de março de 2016

O Grande escritor-Parte 2

Hayley anda pelos corredores do shopping com pressa,há alguém que ela deseja loucamente conhecer, um ídolo por assim dizer, um grande...escritor.
A loja de livros esta cheia, pessoas fazem fila para entrar na fila,Hayley encontra sua amiga,Patricia,ela possuem a mesma idade e gostos muito semelhantes, amigas desde os 6 anos, Patricia é uma mulher charmosa e bela,porem...não tão bela quanto Hayley.

Uma grande chuva cai do lado de fora do shopping, uma tempestade deste nível é  extremamente rara nessa região da cidade,
Um clarão seguido de um majestoso estrondo arrasta consigo toda a energia do shopping, forçando os geradores.
-Merda. - sussurra a organizadora chefe do evento. - Boa tarde todos! Devido a problemas elétricos causados pela chuva,ficamos sem luz, peço para que todas saiam da loja por motivos de segurança.

É perceptivel um rosto de decepção em todas aquelas que não estão com seus livros autografados e nem com uma foto de seu estimado escritor,uma decepção principalmente no rosto de Hayley.
Todos saem mas ela se segura um pouco, o suficiente apenas para ver o Christopher, seu escritor favorito de longe sendo escoltado por seguranças que parecem armários.

-Com licença senhora, terei de pedir que se retire por favor. - disse a organizadora do evento.
-Ah sim, claro, já estou indo. - respondeu Hayley um pouco decepcionada.

Patricia já estava do lado de fora da loja procurando por sua amiga,não demorou muito até que visse o cabelo loiro escuro de Hayley no meio da multidão.

-Hey! Aonde foi que você se meteu menina?! Fiquei procurando você por todo o lado. - era muito aparente a preocupação de Patricia.
-Está tudo bem Pati, eu só quis ficar mais um pouco para tentar ver ele...
-Esta tudo bem, não faça isso de novo! Mas então... Conseguiu ver?
-Bem de longe mas sim, eu consegui ver ele saindo com escolta.
-Uau, pois bem, logo teremos uma nova oportunidade de vê-lo, está bem? - tentou acalmar Hayley, por mais que ela já estivesse bem por ter conseguido ver Christopher de longe.
-Vamos para o estacionamento pegar o carro vai.
-Então Hay, não vou contigo de carro, desculpa mas tenho que visitar uma tia do outro lado da cidade e é mais fácil de metrô.
-Não quer uma carona? Certeza Pati?
-Claro! Vai lá, te vejo em casa.

O estacionamento era no subsolo, o andar mais fundo não tinha sido escolhido por Hayley, uma vez que todas as vagas estavam ocupadas.
A moça andava sozinha até seu carro, não havia muita luz e poucos sons também.

Hayley não custou a achar seu carrinho vermelho, não haviam muitos.

-Olá moça? - disse uma voz que veio por trás de Hayley, ela grita com o susto. - opa , me perdoe, não foi minha intenção..
-você... Você é...?
-Christopher, Christopher Blood, muito prazer moça. - Hayley está confusa, sem saber o que pensar, o que falar, é uma surpresa grande de mais, ter fracassado em ir ao evento de seu escritor e do nada ele aparecer do lado de seu carro.
-É um prazer! Eu gosto muito de seu trabalho, de verdade, sou uma verdadeira leitora das suas obras mas... O que faz aqui? Me desculpe a pergunta...
-Pergunta para outra hora moça, eu vi você me esperando na livraria, fiquei curioso...Só gostaria de saber teu nome.
-Hayley, Hayley...Penton,é um prazer.
-Hayley, é um lindo nome, já devem ter te dito muito isso.
-Sempre disseram que era diferente para falar a verdade.
-O diferente é bom Hayley,muito obrigado por seu tempo,tenha uma boa tarde e... Noite.
-Mas? Me desculpe, estou perdida, o que acabou de acontecer?! - Christopher anda pelo estacionamento até o outro lado e some.
-Um dia saberá minha cara Hayley. - fala Christopher de algum lugar.

Hayley, a garota confusa entra em seu carro e suspira, ela vê o último livro de Christopher:“Um romance inusitadamente psicótico”
Cuidadosamente colocado encima do porta luvas,
A contra capa estava assinada:
"Para uma moça da livraria"

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O Grande escritor-Parte 1

O grande homem anda pelo palco em direção ao outro homem velho que segura um troféu  em forma de livro.

Uma voz feminina anuncia de repente:

-O vencedor do troféu de escritor do ano é Christopher Blood, por seu incrível livro “Um romance inusitadamente psicótico”.

Christopher agora sorri ainda mais, um sorriso longo de satisfação e euforia, ele avança ate ter o seu premio em mãos, então o ergue para que todos possam ver sua conquista, uma conquista que custou dias escrevendo seu livro, foi um trabalho enorme e difícil, mas no fim, teve sua recompensa.

Um dos homens vem e lhe entrega um microfone, sussurra instruções, diz para falar um pouco sobre o livro e depois sua inspiração, Christopher então faz sinal de positivo com a cabeça e o homem sai do palco.

Ele começa:
-“Um romance inusitadamente psicótico” foi um livro muito trabalhoso, com o romance de um maníaco psicótico que prende uma mulher no sótão de sua casa e a tortura, então ele se apaixona por ela, um trabalho que se eu posso dizer, foi insano. Obrigado a todos por terem lido minha obra, pelas criticas e claro pelo premio.

Uma onda de palmas de todos os cantos surge e logo para assim que veem que Christopher ainda vai falar.

Ele continua:
-Minha inspiração é claro, foi minha esposa, sem ela eu não teria nem um começo, sem ela eu não teria nada desta historia, foi ela que me inspirou para escrever. Muito obrigado.

A onda de palmas parece ainda mais alta agora que com certeza Christopher parou de falar, Christopher segue até o final do palco e sai da cena.

Fãs invadiram os camarins e tudo está cheio de gente até a saída, 3 seguranças asseguram que Christopher chegue até seu carro em segurança. 

Na volta para sua casa Christopher resolve comprar um buque de flores para sua mulher, ele compra um grande buque de rosas vermelhas, algo lhe dizia que seria apropriado pegar as rosas mais velhas, então ele pegou o buque e colocou no carro.

Christopher estaciona o carro, corre ate a porta com o buque e destranca a porta para entrar,ele chuta de leve a porta atrás dele, o suficiente para que ela bata e feche.

Coloca as chaves na pequena estante do corredor e anda até o final do mesmo, chuta o tapete que revela uma pequena porta de metal grosso.

Christopher puxa a corrente presa na porta para que ela abra, desce pelas escadas de metal que fazem barulho e ecoam alto.

E no canto do quarto estava ela, o que um dia era uma bela moça morena de olhos cor de mel e que emanava vida por todos os lugares que passava, estava presa por correntes nos pulsos e resumida a pele e ossos praticamente, torturada das piores formas possíveis por um maníaco que a chamava de esposa, uma pobre vitima de um psicótico insano... Jogada em um canto, a pobre mulher estava destruída, presa naquele alçapão por sabe-se lá quanto tempo.

Seu corpo nu mostrava marcas de cinto, de facas, queimaduras de cigarro e coisas ainda piores.

Seus olhos de mel que um dia jorravam alegria, agora são sufocados por um preto opaco de morte e agonia.

Christopher se aproxima da pobre mulher que ainda vive de alguma forma e deixa o buque ao seu lado.
-Obrigado meu amor, se não fosse por você eu não teria conseguido!

Christopher quase gritava em seu entusiasmo exorbitante e risadas enquanto sua prisioneira voltava a tentar chorar de dor e desespero e tentava gritar algo. 

-Já disse que deveria parar de tentar gritar ou falar qualquer coisa meu amor, você ainda não entendeu ? apenas fique quieta,sim? obrigado. 

E com as palavras de Christopher a mulher apenas se agitava mais e mais.
-Sabe meu amor...um escritor nunca pode baixar a guarda, tenho que começar uma nova historia, por favor não me espere acordada, eu volto logo com uma nova “inspiração” para escrevermos uma nova historia, e mais uma coisa amor, sua linguá estava deliciosa no jantar de ontem, agradeço. 

Christopher sai pela mesma escada barulhenta em que desceu, a porta bate quando ele sai e tudo que sobra naquele quarto são os sons que deveriam ser...os sons do choro de alguém.