sábado, 11 de junho de 2016

Rua escura

A noite nem havia começado,
Estávamos andando no meio da rua quase deserta,
Eu via seu rosto irritado e triste e queria poder escolher ser cortado novamente pelas lâminas de aço que me feriam quando eu era mais novo.
Não andamos tanto.

-Volta Bruno, é logo ali, você tem que ir para casa, você tá com frio! - ela dizia com uma voz irritada e apontava para a direção da rua do metrô.
-Eu chego lá em 2 minutos quando eu quiser. - eu sorri, um dos meus sorrisos de preocupação, mas eu não queria que ela visse.
-então vai! Por favor vai logo!
-Não, eu me preocupo contigo, eu vou te levar até a porta do condomínio.
-Mas eu não me preocupo, vai logo...
-Você não precisa, mas eu me preocupo com você, e eu estou aqui.

Não houve muito silêncio,
Logo ela pediu novamente que eu fosse para casa,
Mas eu estava preocupado e assim levei a donzela para a porta do castelo, onde ela ficaria segura,

Ela pediu desculpas, mas eu não estava incomodado com nada.
Um "Eu te amo" meu e outro dela, e então a viagem valeu a pena.

Eu olhei ela indo embora,
Olhei até que a porta abriu, e então virei e segui caminho até em casa.

Eu disse para mim mesmo:
"Se no final eu tiver o amor dela, então até o Tibet eu a levarei, até o céu e o inferno... Não importa aonde for, eu ando a pé carrego seu corpo em meus braços, no final, se ela me amar, tudo terá valido a pena"

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