sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Nightmare-O hospital

Eu estava entrando em um hospital dessa vez, um hospital cercado por arvores.

Fui até a moça na recepção, eu podia jurar que conhecia ela de algum lugar, era extremamente familiar...o cabelo, os lábios...os olhos
Eu conhecia ela de algum lugar, mas isso não é importante para o pesadelo.

Falei com a mulher:
-Oi, desculpe, Eu sou Bruno e preciso ver uma criança no quarto 133 e uma mulher no 134, A criança é minha prima e eu não sei porque trouxeram ela para cá e a mulher é a minha namorada, também não sei porque ela veio para cá. Eu preciso tirar elas daqui.

A mulher me olhou nos olhos e começou a chorar, parecia que ela tinha lembrado de alguma coisa, ela começou a gritar chamando a segurança e a chorar também. Tentei acalmar ela mas ela estava com medo.

Dois homens altos e fortes vieram até mim dando ordens para eu me retirar. Mas eu precisava tirar minha família daquele lugar, minha prima e minha namorada, eu sabia que aquele lugar não era seguro e elas poderiam morrer lá.

Peguei um extintor de incêndio que repousava na parede e bati com toda a força na cabeça de um dos seguranças, ele tombou no chão com força e ficou imóvel, uma poça de sangue se formou no chão...
O segundo segurança parou, olhou para o corpo e para mim, então ele se virou e seu pescoço se torceu e quebrou do nada.

Como estava olhando para o segurança eu não percebi que o lugar ao meu redor havia mudado completamente, como se um tornado tivesse levado 50 anos daquele lugar.

Eu não liguei muito, conhecendo meus pesadelos, aquilo era normal.
Corri para o lugar que a recepcionista estava e procurei pelas gavetas até achar as chaves, peguei as chaves numeradas com 133 e 134, que estavam velhas e enferrujadas.
Corri para as escadas e seguindo as placas coloquei meu rumo para o corredor 22 na área leste do hospital.

A cena quando cheguei lá era assustadora, a parede do corredor estava arranhada profundamente por algo com garras grandes e afiadas, infelizmente o corte parecia ser recente.
O quarto 133 estava sem porta, e pelas marcas que vi no chão e no teto eu percebi que a porta havia sido arrancada por algo grande...
O quarto 134 estava na mesma situação, porém havia um bilhete jogado no chão, escrito com sangue fresco, fresco o suficiente para ainda estar quente.
Aquele era o quarto da minha namorada...

Praguejei ao ler o bilhete:
"Talvez tenha mais sorte na área infantil"
Corri para um mapa que estava na parede e percebi que a área infantil não estava longe.
Corri o mais rápido que pude.

Era apenas um grande saguão, mais nada, não havia ninguém além de mim e um papel branco no centro do saguão.
"Eu menti"
Era tudo que estava escrito, com sangue quente.

Quando uma voz quebrou o silencio, uma voz de uma criança, mas não da minha prima.
Um garoto que não estava lá antes apareceu sentado em uma cadeira rasgada e cheia de pó.
Ele disse:
"Outra falha?"
E depois sumiu.

Então varias crianças começaram a aparecer, saiam do chão ou de trás de cortinas, até mesmo de baixo da mesa.

Logo eu estava cercado de crianças que choravam e gritavam,
Eu precisava acordar, o pesadelo já estava muito fora do controle,
Então gritei dentro da minha cabeça, ordenando que acordasse, mas nada.
Eu não acordava e por um segundo acreditei que não era um pesadelo.
Olhei ao meu redor desesperado procurando algum lugar para fugir.

Quando no canto do saguão havia um armário com um pé quebrado e uma porta trincada, era feito de madeira e devia ser lindo quando novo, hoje era assustador.

Chutei a porta e ela se rompeu, dentro dela havia uma caixa
"Para emergências"
Era o que estava escrito no rotulo.
Abri o mais rápido que pude.

Dentro da caixa havia uma arma e munição, um clássico revolver de filme com cano curto.
Coloquei uma bala no revolver e apontei para meu queixo, essa seria minha fuga rápida daquele maldito lugar.

Olhei uma ultima vez para aquele caos torturante.
No meio da escuridão de uma parede eu vi um sorriso se formando.

Disparei a arma e acordei.


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