Ekimmu é um
dos primeiros e mais antigos mitos sobre vampiros conhecido pelo homem, datado
de 2000 - 3000 a.C. Os assírios da Mesopotâmia acreditavam que os Ekimmu ou
Edimmu vieram a existir quando as pessoas morriam de forma prematura. Estas
almas infelizes tiveram a sua entrada recusada no submundo, e isso os levou a
se tornarem violentos e mal humorados, daí o porque desse nome
"ekimmu", que significa "aquele que foi arrebatado". Uma
vez que não podem descançar, esses espíritos vingativos retornam para sugar a
energia dos seres vivos.
A classe
dos que se transformam em um Ekimmu inclui aqueles que morreram de afogamento,
desidratação, fome e prisão. Aqueles que tiveram um funeral impróprio também se
tornariam um ekimmu. Campbell¹ afirmou que o espírito ekimmu "não pode
encontrar nenhum descanso, enquanto seu corpo permanecer insepulto".
Curran² afirmou que "aqueles que morreram sem nenhum parente ou alguém
para cuidar de seus túmulos podem também tornar-se um ekimmu".
Os Ekimmus
habitam lugares áridos e desertos, e atacaram os viajantes que passam, ou
juntam-se a eles, para depois torturá-los em suas casas. Campbell contradiz
essa crença em que ele afirma: "O ekimmu que não conseguir encontrar
descanso tentará se fixar em um ente querido ou um amigo e demanda ritos que
lhe daria a paz". Ele também afirma que o ekimmu reside ao invés de uma
casa, em lugares inabitáveis ou desertos por não haver nenhum deus, encantos ou
amuletos para mantê-los fora.
Os Ekimmus
foram descritos pelo assírios como seres musculares e sólidos que poderiam se
tornar invisíveis e transformar-se em figuras de fumaça, ventos malignos ou
sombras. Conforme a lenda tornou-se mais conhecida, o folclore sobre as
características do Ekimmu começou a assemelhar-se ao dos vampiros modernos. De
acordo com Curran o Ekimmu "iria juntar-se ás suas vítimas e sugar a sua
"energia" até que ela seja apenas uma casca do que já foi um
dia".
Aqueles que
tiveram uma morte violenta seriam uma outra forma de Ekimmu chamada Alu. Eles
são descritos como seres emagrecidos com a pele branca, crostas nos lábios e
que bebem sangue. Os Alus apareceriam apenas a noite, rondando as vítimas
encalhadas ou viajantes para se alimentar. Para os assírios, havia pouca
proteção contra os Alu. Práticas comuns utilizadas para afastá-los eram
incêndios ou ofertas de carne sangrenta.
Babilônios,
sumérios e assírios, todos temiam os ekimmu, e tomavam muito cuidado para
evitá-los. Eles não viajavam sozinhos em determinados momentos e evitavam
lugares inabitados. Eles ainda recitavam orações antes de entrar em suas casas,
para impedir o ekimmu de entrar. Só os sacerdotes, homens ou mágicos santos
poderiam eliminá-los.
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